Velas de DKW (textos
de Carlos Zavataro e Bob Sharp)
Comprei
em
Buenos Aires 60
jogos
de
velas
Champion D-16, esta
vela
é
rosca
M-18 e é
curta.
Já
estou usando no Belcar
verde
ha vários meses, e
até
o
momento
não
estragou nenhuma. O
grande
problema
das
velas
é
pegar
engarrafamento
e
ficar
na
marcha
lenta
por
vários
minutos,
vela
de má
qualidade
ou
muito
fria
fica
em
dois
cilindros.
Inclusive
esta
vela
a
parte
do
aperto
na
tampa
e
paralelo
e acompanha a
arruela
de vedação,
já
a
vela
Bosch
nacional
o
aperto
é
cônico e
não
acompanha a
arruela.
Esta
vela
é usada
nos
motores
Ford.
Bob Sharp:
Permita-me
comentar
que
se a
proporção
de
óleo
na
gasolina
estiver
nos
1:40 (2,5%) ou se
a
vazão
do Lubrimat estiver
dentro
do
padrão,
e se a
mistura
ar-gasolina
em
marcha-lenta estiver
precisamente
ajustada,
não
há
por
quê
as
velas
se sujarem num
engarrafamento.
Lembro
que,
de
maneira
absurda,
os
manuais
de
reparação
mandam
abrir
o
parafuso
de
mistura
ar-gasolina de marcha-lenta "quatro
meias
voltas". Se a
ponta do
parafuso é
cônica, significa
que é
preciso
ajustar
a
mistura
pela
observação
do
funcionamento
do
motor
em
temperatura
normal
de
funcionamento --
ir
fechando
até
a
rotação
subir
e
depois
cair,
abrir
o
suficiente
até
que
suba de
novo
etc.
Você
conhece
isso
muito
bem.
Tive
outra
experiência
com
2-tempos
bem
depois
do DKW,
que
foi possuir
uma Yamaha RD 350 1974 e
jamais
ter
tido
qualquer
problema
associado
a encharcamento de
óleo.
Era
normal
as
velas
durarem 1.000
km
nessa
moto,
enquanto
na
minha
chegaram perfeitas a 10.000
km.
O
motor
não
produzia
fumaça
e os
dois
escapamentos
eram
absolutamente
secos.
Eu
brincava
com
os
amigos,
deixava o
motor
em
marcha-lenta uns 10
minutos
e
depois
dava
um
tapa
no
acelerador:
o
giro
subia no
ato,
sem
emboladas
ou
produção
de
fumaça.
Carlos
Zavataro:
Eu
usei
muito
as Champion K-13 no
passado.
Era
a
melhor
vela
que
existia
para
o DKW.
Melhor
do
que
a NGK A7.
Só
que
era
mais
difícil
de
achar.
O que fiz
foi entrar no site da Champion e descobrir o código da que substituiu a K-13.
Com a falta de pistão que existe por aí, acho perigoso botar uma vela mais
quente no motor. Aquilo funciona feito um maçarico! Para furar a cabeça de um
pistão não custa.
Eu
sugeri ao Raul a Champion D-14 (substituiu a
antiga
K-13) e a D-9
vela
mais
fria,
que
substituiu a UK-10 de
época.
As
velas
são
de 18 mm
curta embora
a img da
embalagem
possa
parecer
(ou
é
mesmo)
de uma
vela
de 14 mm
longa.
São
vendidas
normalmente
num representante Champion
lá
de Buenos Aires chamado Bujipar S.A. El
Mundo
de las bujias !
Nos
USA
tb
são
encontradas.
Se
algum
dia
pegar
uma
estrada
ou
quiser
acelerar
um
pouco
mais
experimente a D-9. O
pessoal
lá
do DKW
Clube
da Argentina usam
muito
a D-9.
Mas,
admitem, é
um
pouco
fria
para
o
trânsito.
Nenhuma
divergência
qto a
rosca
M-18
curta.
Tanto
a D-16 (q vc comprou)
quanto
a D14 e D-9 utilizam
esse
tipo
de
rosca.
Na
realidade
Vc comprou uma
vela
mais
quente
do
que
a D-14...
Eu
prefiro
tentar
usar
a D-14. As
cabeças
dos
pistões
agradecem!
A D-14 é a
antiga K-13, para
mim
a
melhor
vela
então disponível
para
o DKW. E
absolutamente
não
sujava se mantida
em
marcha
lenta
por
muitos
minutos,
desde
que
o
carro
estivesse
bem
carburado e a
mistura
óleo/gasolina
mantida
como
o Bob afirmou acima.
A UK-10
sim,
era
uma
vela
mais
fria
e apresentava essa
tendência
de
sujar
quando
pegávamos
engarrafamento
ou
mantinhamos o
motor
em
marcha
lenta
por
muito
tempo.
Por
isso
mesmo
essa
vela era
mais
recomendada
para
estrada.
Agora
pouquíssimas
pessoas
regulavam a
mistura
como
o Bob.
Até
hoje
se constata
isso.
A
maioria
teimava (ATÉ
HOJE) em
usar
a regulagem
padrão
(quatro
meia
-
volta)
o
que
concordo, é
um
verdadeiro
absurdo.
A
esse
depoimento
do Bob acrescento
um
meu
que
provavelmente
ele
não
deve se
lembrar
mais.
Uma
ocasião
comprei uma Yamaha RD 350. A
moto
era
fantástica
mas
apresentava
esse
problema
de encharcamento de
vela
e "apagamento" de
um
cilindro.
Um
dia
levei a
moto
na
COTA,
concessionária
DKW Vemag do Bob,
que
ajustou a
bomba
de
óleo
(autolube), estava injetando
demais
e regulou os carburadores.
Posso
te
assegurar
que
NUNCA
mais,
enquanto
tive essa
moto,
tive
esse
tipo
problema
novamente.
Exatamente o
que
o Bob descreveu a
respeito
da dele.
Outra
coisa,
na
época
inúmeros
garotos
que
tinham
motos
de 2T, viviam azucrinando o Bob
para
regular
os
carburadores
das
suas
motos.
Na
época
não
sabíamos o
macete
para
os
motores
ficarem
tão
"redondos"
!!!
Hoje
sabemos
que
um
dos
macetes
era
a regulagem
nos
moldes
da descrita.
EQUIVALÊNCIA
Tabela de
correspondência de velas de acordo com o índice térmico:

Recomendação Auto Union:
Bosch M225 ou equivalente
DICA TÉCNICA
Bob Sharp:
Hoje um dos
meus Celtas apagou um cilindro. Para resolver, recorri ao método de afastar os
terminais das velas e verificar qual cilindro havia apagado. Uma vez detectado,
foi manter o motor um pouco acelerado com o terminal bem afastado, centelhas
pulando e, presto, a vela voltou a funcionar. Incrível, eu fazia isso nos anos
1960 e sempre funcionou -- como agora, praticamente 50 anos depois! Então,
atentem: apagou um cilindro do DKW (que não seja por diafragma da bomba de
gasolina furado), procedam dessa maneira. Nem é preciso retirar a vela. Quando
há folga entre o terminal e a vela há um aumento de tensão, que acaba por
acender a vela de novo. É por isso que existia vela Champion UK-10, sendo o "U"
justamente uma folga auxiliar no eletrodo central.
CABOS DE
VELAS
Os cabos
devem ser normais, não-supressivos, mas é preciso pôr os metais de encaixe na
bobina, que devem ser soldados nas extremidades dos cabos. Deve ser possível
encontrar cabos e metais de encaixe nas lojas de autopeças. Quanto aos terminais
de vela, procure aqueles normais, cilíndricos, nos quais os cabos são rosqueados, e
que sejam supressivos, com resistência de 5.000 ohms.
CHAVE DE
VELA
Bob
Sharp:
Essa
aprendi com a equipe Vemag: eles faziam "em casa" uma chave de vela comprida em
forma de "T". Era alta, de maneira a poder ser girada rapidamente sem interferir
com a mangueira superior, e a barra do "T" tinha de 15 a 17 cm apenas, de
maneira a não se dar torque de aperto excessivo, já que o cabeçote era de
alumínio. Na minha concessionária (Cota, em Botafogo, no Rio) fiz duas ou três
chaves desses que eram usadas diariamente na oficina e seguramente na pista.
Comprava-se a
parte
hexagonal
em
casa
de
ferramentas
e o
resto
era
tubo
soldado.
E
depois
tudo
era
cromado.
Perfeito.
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