Eis o relato do desempenho de um jipe Candango na trilha, escrito por Lorival A. Lobe Jr, administrador de empresa têxtil em Blumenau, SC. | |
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E chegou o grande dia, ligamos o cardã, estávamos prontos para ir para o mato, já com Santo Antônio, cintos de segurança de três pontos, ganchos para reboque e pneus lameiros novos. Nada mais que o mínimo necessário para ter segurança em qualquer trilha. Na primeira trilha de teste, somente com um amigo também de Jeep Willys 100% original , nosso primeiro “desafio” foi um riacho. O Jeep passou sem problemas. O Candango passou na ida, mas no percurso de volta dentro do riacho começou a falhar, perdendo força até morrer, independente do meu esforço em manter o giro do motor (já em primeira reduzida) alto. Pior não foi ver água entrando pelos buracos dos pedais, mas ter que agüentar a gozação da equipe do Jeep. |
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Tudo bem, um a zero para eles. No próximo riacho o
Jeep encalhou em algumas pedras e foi rebocado pela 1ª vez. Mas não parou
por aí, um pouco antes do final da trilha, Candango na frente, e com o pé
embaixo, passei no último terreno com lama, usando tudo que o milagroso
motor dava e mais um pouco. Logo atrás veio o Jeep que mesmo embalado, não
passou. Vitória!!! Duas atoladas do Jeep contra uma falha de vedação do
Candango. Logo em seguida o Jeep encalhou de um jeito que o Candango sozinho
não conseguiu tirá-lo. Fui atrás do meu Pai que trouxe o Jeep Ford,
amarração em paralelo e mais o Willys encalhado ajudando e nada. Fomos
obrigados a encontrar o único jipeiro que tinha guincho (coisa rara em 1990)
para tirar o Willys. |
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Época dos 4X4 originais, diversas vezes superamos os
Jeeps no fora de estrada. Alguns momentos são inesquecíveis: |
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Trilha em Corupá - SC. Logo na chegada notei que as
equipes da cidade,
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Impressões no
fora de estrada |
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Motor |
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Se considerarmos uma trilha “virgem”, (sem facões de
pneu fronteira, onde qualquer 4X4 sem esses pneus altos vai ficar) e usando
correntes, o Candango acompanha quem quer seja, mas no seu ritmo peculiar,
em virtude do pequeno motor e da suspensão limitada. |
Pois, o que realmente importa no fora de estrada é o contato com a natureza, o companheirismo, e preservar o Veículo para os próximos obstáculos, trilhas e anos. |
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Resumo
É meu parceiro de grandes aventuras por 16 anos,
parceiro de muitas brigas no jeep Clube, (defendendo a honra da nossa marca
amada) viagens e muitos outros bons momentos. |
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