Conversão do Sistema Elétrico de 6V para 12V

Roesner - Já tive carro 6V que, depois, mudei para 12V. Até parece que o carro "anda mais" rsrs...Já fiz viagens longas, onde no meio do caminho, o colega teve problema de bateria, e tivemos que comprar uma nova na cidade mais próxima, numa sexta-feira a noite...pensa se fosse de 6V!


Infelizmente, está cada vez mais difícil manter um carro com elétrica de 6v, pois não é só o problema da bateria.

 

Se for converter seu carro para 12V, além das bobinas, trocar todas as lâmpadas (daí vc pode instalar as H4 nos faróis), marcador de gasolina pode colocar um resistor para baixar tensão (posso procurar o código), induzido do limpador já encontrei a base de troca (ou manda enrolar), arranque pode deixar, mas talvez seria bom só trocar o automático, fácil de encontrar, pois é bem universal.


Tambem trocar o relê de pisca, o regulador de voltagem (existe o mesmo em 12V). Se você mantiver o dínamo, pode usar o induzido do Gol chaleira, com pequeno serviço de torneiro, pois o eixo é mais comprido e precisa de pequena bucha para usar mesmo rolamento.


Se mudar para alternador (que é melhor), os mais novos já tem regulador embutido, mas vc pode manter o regulador original, para efeitos estéticos. Ou procurar um Bosch mais antigo, usado no Corcel ou acho que tmb caminhão MB, que são parecidos com os do 67.


Ignição eletrônica com certeza é mais eficaz, mas não é minha praia. Aí tem que usar bobinas modernas e outras velas, acho que resistivas. Basicamente é isso aí...

 

Leonelo - Posso lhes dizer o seguinte: Para a configuração 12 Volts, trocar as bobinas para 12 Volts, mas o arranque pode ser o de 6 Volts porém o automático tem que ser 12 Volts tendo em vista que ao acioná-lo a pancada é grande; lâmpadas obviamente tem que ser 12 Volts; com relação ao gerador, é mais prudente que se coloque um altenador com regulador externo, senão perde pontos.

Com relação ao chicote será mantido o que está aí, projetado para 6V, pois o mesmo tem capacidade de sobra. Porém a ignição eletrônica coloquei na minha uma assistida, ou seja, mantive os platinados e os condensadores não fazem mais parte. Não tenho problemas. Tem uma ignição que chamam de HALL, tem uma palavra antes. É porreta. Na minha vou comprar na DEKABRÁS a bailarina, pois essa peça poupa o desgaste na fibra do platinado. É isso que tenho a dizer. 12 VOLTS já.

 

 

Ayrton Amaral - Interessante esse debate sobre a mudança para 12 V.Veja que existe uma grande resistência para isso a despeito de todos inconvenientes, desvantagens e dificuldades que o sistema 6V apresenta.
Acredito que tudo é questão da opção que o dono de um DKW assume no momento da restauração. No meu caso, optei por restaurar um DKW para ser usado no dia a dia, viagens não importando a distância, vide a minha recente para Brasília, com 2200km.
Para isso o carro deve receber o que há de mais moderno para facilitar o seu uso e dar a ele confiabilidade.
Diante disso, de cara já mudei para 12V, mantive o chicote original que passou até a ser superdimendionado. Os farois melhoraram muito, a partida com o motor de arranque que era de 6V sendo ligado em 12V, ganhou força e rotação e minhas partidas ficaram excelentes.
Em seguida vieram: homocinética, freio à disco, pneus radiais com pneus sem câmara, ignição eletrônica, inicialmente a com sensor Hall (hj de stand by) e mais recentemente a com roda fônica da Igniflex. para isso foram trocadas bobinas, cabos, velas e instalei alternador. Instalei uma bomba de gasolina elétrica que foi testada e hoje está tambem em stand by. Se pifar a original, bastam algumas conexões e a ligação de um fio para funcionar no lugar da original.
Todas as peças que foram substituidas pelas mais modernas foram guardadas de forma que se um dia resolver retornar à condição de originalidade é só proceder a troca.
Já rodei 45.000 km com esse carro, não quebra, desço o pau nele e está sempre redondinho. Se ficar 15 dias parado o motor péga no primeiro e mais leve toque no botão, dando a partida de fora do carro, mesmo frio. Com o motor quente nunca apresentou dificuldade para funcionar. Acontece por vezes de dar aquela engasgadinha e basta uma acelerada para limpar a garganta que ele fica redondo de novo.
Agora se a opção for pela originalidade bem, aí ficamos na mão dos platinados, condensadores, regulagens, ponto, velas cada vez mais difíceis, baterias idem, lâmpadas, cruzetas, pinos, câmara de ar, peças para o freio dianteiro, lonas, etc, etc e acrescente-se a isso a dificuldadede ter quem entenda de mecânica de DKW, conserte, que seja honesto, que sejam encontradas peças mesmo que muito caras.
As últimas quebras do meu carro: em 1/10/2015, com a quebra de uma mola do feixe traseiro. Aproveitei e troquei os 2 amortecedores traseiros. Em fev/2016 troquei 2 flexíveis e revisei os freios à disco . Em 01/10/16 substitui o radiador por outro revisado e no mais só alegria.
Enfim, o que vale é ter um carro que satisfaça o seu dono seja ele um estradeiro ou aquele que faz da originalidade o seu prazer maior.
Isso é uma maravilha e graças a Deus não somos todos iguais. O que precisamos é aprender a viver e conviver bem mesmo com aqueles que pensam de forma diferente.

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